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Criptografia do WhatsApp é inviolável, diz criador do aplicativo ao STF

Em audiência pública sobre app no Brasil, Brian Acton destacou que única maneira de acessar as mensagens seria desativar a criptografia para todos os usuários

O cofundador do WhatsApp, Brian Acton, voltou a afirmar nesta sexta-feira, 2/6, que a criptografia de ponta a ponta usada pelo aplicativo é inviolável, sendo que nem mesmo a empresa tem acesso aos conteúdos das mensagens dos seus usuários. As informações são do site do Supremo Tribunal Federal (STF).
Acton veio ao país pela primeira vez nesta semana para participar de uma audiência pública do STF que acontece hoje, 2/6, e segunda-feira, 5/6, para discutir os dispositivos do Marco Civil da Internet e os bloqueios do WhatsApp no Brasil por ordens judiciais. Também estarão presentes na consulta representantes do Facebook, membros do MP e da PF e especialistas de universidades como USP e Unicamp, entre outros. 
Com mais de 120 milhões de pessoas usando o WhatsApp atualmente, o Brasil é um dos principais mercados do aplicativo pelo mundo e representa cerca de 10% do seu total de usuários, que gira em torno de 1,2 bilhão de pessoas atualmente, todas enviando e recebendo mensagens com criptografia de ponta a ponta. 
“As chaves relativas a uma conversa são restritas aos interlocutores dessa conversa. Ninguém tem acesso, nem o WhatsApp”, afirmou Brian, que criou o WhatsApp com Jan Koum em 2009.
Durante sua participação na consulta pública do STF, o cofundador do WhatsApp ainda explicou qual seria a única maneira possível de desativar a criptografia do app. “Não há como tirar [a criptografia] para um usuário especifico, a não ser que se inutilize o WhatsApp para ele.” 
Depois, o engenheiro também acrescentou que, para isso, seria desativar para todos, o que tornaria o WhatsApp vulnerável para que um hacker pudesse ter acesso a bilhões de conversas caso isso ocorresse. 
Além de Acton, outro executivo importante do WhatsApp também veio ao Brasil nesta semana para falar ao STF em defesa do aplicativo, o o advogado geral do WhatsApp, Mark Kahn.
Durante evento realizado para a imprensa em São Paulo nesta semana, o responsável pela área jurídica do aplicativo disse que “a última coisa que a empresa quer é ver o WhatsApp bloqueado no Brasil”.
Segundo Kahn, “as pouquíssimas informações” a que o aplicativo tem acesso já são compartilhadas com as autoridades – a lista inclui número telefone, nome de usuário, a data e o horário da última vez em que a pessoa esteve on-line no app, a primeira vez em que utilizou o serviço, o sistema operacional usado, grupos dos quais participa, entre outras.

Fonte: IDGNOW

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